segunda-feira, 30 de maio de 2022

A morte de um amor de infância

Diante dos meus olhos, a oportunidade que tanto roguei. Um momento a sós, finalmente, com ele. Um dia em que finalmente pudemos olhar nos olhos um do outro e conversar.

No mais improvável dos locais, dançamos. Sorrimos.

As confissões do passado vieram à tona: teria sido, mesmo, recíproco?

Num piscar de olhos, a proposta. Milímetros separaram nossos lábios. 

Em um segundo que parecia interminável, a lucidez me traz de volta à realidade: não sou mais aquela menina de vinte anos atrás.

E em um momento toda aquela fantasia se desmoronou. 

Os adultos não sabem amar com a inocência de uma criança. 

E assim eu parti, sem dizer adeus.

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