sábado, 26 de dezembro de 2009

Rosas de Outono

Chove, para refrescar o coração.Venta, para levar embora os pensamentos ruins. O sol, tímido, tenta não se esconder, parece que não quer que os olhos se fechem novamente e se volte para a escuridão que cega,que ata...

As quatro estações diárias curitibanas refletem hoje, a alma. As lágrimas que secam antes mesmo de escorrerem, o ar que sufoca, as palavras que vêm como o vento gelado e ferem, pela velocidade e temperatura abaixo de zero. Onde estão as rosas que roubam sorrisos, as manhãs que a despertaram outrora com o calor agradável da primavera?

A vida não pode ser como folhas, pétalas secas ao vento, passageiras, sem destino, sem abrigo...Folhas mortas, secas, tristes. Dá medo de desabrochar.

É preciso cultivar as rosas, dar-lhes o calor necessário para que elas desabrochem sem ter medo do outono que virá. Quando tudo nelas morre, se entregam ao vento como se tivessem asas, voam para longe, mortas, frias, sem cor. Voam sem olhar pra trás, sem saber onde vão parar, até que renascem em outro solo, na esperança de dar cor a outros olhos.

e o seu coração, que estação vive?

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal

O ardor dos meus olhos
Não é apenas a consequência das lágrimas
A melancolia do Natal
Não são apenas lástimas

A tristeza que me invade nesta data
Hoje é apenas por acaso
mas este acaso me persegue, me sufoca
me mata

Hoje só quero um cálice de vinho,
O silêncio
e mais nada.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

retrô

Mais um ano que está se passando...Incrível é olhar pra trás e perceber como tudo mudou...

As minhas soluções prontas não foram, enfim, a verdadeira solução dos meus problemas. Minhas fontes de inspiração mudaram. A felicidade me acompanha ao invés da incerteza. Meus caminhos definitivamente não eram destinos certos. A felicidade não estava onde eu achei que ela estaria. Quando a vida me deu uma rasteira, e eu era só cacos, meu sorriso não renasceu onde eu imaginara que fosse renascer.

Esse foi um ano um tanto complexo para mim. Um costume transformado em ódio. Um porto seguro transformado em culpa. Um acaso transformado em amor. E que amor.

Incrível que, para quem se dava por contente num sábado à noite resmungando, compartilhando seus tormentos neste mesmo blog, hoje esse alguém se vê feliz ouvindo samba rock, tentando dançar forró ou mesmo ao balançar a cabeça e se descabelar ouvindo as mesmas bandas favoritas de heavy-metal...Sem contar que agora esse alguém prefere ouvir a voz até que afinada do seu alguém a cantar as canções de Zeca Baleiro ao pé do ouvido, mesmo quando este se faz presente a poucos metros de nós.

Esse ano aprendi a admirar as rosas...

As manhãs...

Acho que só me falta o pôr-do-sol!

Disritmia

Agora é esse meio que nos é mais secreto.

Sinto um aperto em meu peito, uma saudade tão grande...e não faz nem 24 horas que saíste dos meus braços. Creio que o simples saber me faz te sentir a tantos e tantos quilômetros de distância. Meu dia perdeu um pouco da cor, pois em teus olhos hoje eu não pude mergulhar. Ao mesmo tempo que incomoda, essa distância acaba sendo benéfica, pois se sinto a tua falta é porque sem tua presença meus dias não são felizes. E a felicidade só está acompanhada daqueles que fazem diferença em nossa vida.

O que me consola é saber que em muito breve estarás de volta, e estaremos renovados daquele sentimento que nos habita já há tempos. Daquele sentimento que nos fez resistir semanas esperando um pelo outro. Sei que tudo será maravilhoso, pois a minha sensação é a mesma de quando eu esperava ansiosa meses atrás, pelos teus beijos.

Hoje voltei a escrever aqui, sobre Sentimentos que hoje, de avessos nada têm. São sentimentos certeiros, verdadeiros...e até onde eu sei, recíprocos também.

Hoje o amor me habita.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Abraço fugitivo

Preciso fugir do mundo.
Desligar.
Fechar os olhos,
viajar em alguns solos de guitarra,
sem ter que acordar.

Precisava de um simples abraço
Mesmo que desajeitado
Mesmo que trêmulo
Só precisava ser daquele meu jeito
Que enquanto abraça procura abrigo
Aquele abraço que conforta
que me transporta
para onde não há mais perigo.

eu só queria o seu abraço.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tato

Na mão direita, um anel.
mãos que já tanto te encontraram,

braços que te aquecem,
corpos que se envolviam.

olhares que te convencem,
bocas que não se distanciam.

corações que se pertencem.